Faxineiras ficam sem emprego em meio à pandemia de Covid-19

Naiara Daniele Ferreira Cosmo, de 27 anos é exemplo de como o coronavírus prejudicou o trabalhador doméstico; ela perdeu praticamente todos os serviços

Marlene
Renda da faxineira Marlene, de 41 anos, caiu, e despesas aumentaram
Foto: Ramon Bitencourt

Faxineira há quase uma década, Naiara Daniele Ferreira Cosmo, de 27 anos, fazia seis faxinas semanais até os três primeiros meses de 2020, cada uma por R$ 150. Ela ajudava o marido a sustentar a moradia e a filha do casal, de 7 anos. Com a pandemia, a jovem perdeu praticamente todos os serviços – recebe apenas de um dos contratantes, mesmo sem ir fazer a limpeza. “Pagamos aluguel, e eu dependia das faxinas para ajudar meu marido. Preciso regrar mais as coisas para minha filha. Meu medo é passar fome”, disse a moradora de BH. “Agora, com essa segunda onda, eu só estou com uma faxina, mas ainda não sei como vai ficar, afirmou  a trabalhadora.

Naiara não está sozinha: a procura por ajudantes do lar caiu. Até o terceiro trimestre de 2020, Minas tinha perdido 149 mil postos de trabalhos domésticos em relação ao mesmo período de 2019 – 23 mil deles com carteira assinada –, de acordo o presidente do Instituto Doméstica Legal, Mario Avelino, que toma como base dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Em todo o país, 430 mil empregadas com carteira perderam emprego em 2020.

Compartilhe: